YOGA TUMMO

 

YOGA TUMMO

 

 

A fonte principal de inspiração desta prática é o Tummo, disciplina milenar de tradição tibetana.


Tummo é um termo técnico do vocabulário místico tibetano. Vem da transliteração da língua tradicional do Tibete para o latino: GTUM-MO.

Baseado em técnicas de Yoga tibetano, o Tummo é um ensinamento original de adaptação ao frio e à neve para a reconstituição das defesas naturais do homem. Desenvolve a capacidade de se adaptar às dificuldades da vida.


Expor-se ao frio é cultivar o calor que está dentro de nós. Tummo é o Poder flamejante. Ardor interior irresistível que derrete todos os contrastes nascidos da individualização é o que a palavra tibetana GTUM-MO significa, em seu sentido mais profundo, e que constitui um dos mais importantes tópicos de meditaçâo.

 

Da forma que é praticada no ocidente, é acessível para qualquer pessoa, do iniciante até o adepto mais adiantado.

 

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Yoga Tummo é uma prática de meditação, em contato direto com a natureza, e de exposição voluntária e controlada ao elemento frio.
 

 

EXPOSIÇÃO VOLUNTÁRIA AO FRIO

QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS?

 

1 - Purifica as células, inclusive as células do cérebro. Torna as células mais saudáveis e facilita os processos químicos e físicos.
 

2 – Estimula as funções adaptativas; desenvolve a capacidade de reação em frente às dificuldades da vida.
 

3 - Reforça as defesas naturais do nosso organismo e proporciona a diminuição do surgimento de numerosas patologias.
 

4 – Provoca um efeito anti-inflamatório no corpo inteiro, diminuindo os riscos associados aos processos inflamatórios.
 

5 - Estimula o aparelho circulatório, fortalecendo as veias e artérias, reduzindo o risco de patologias cardiovasculares.
 

6 - Queima o açúcar, as gorduras superficiais e a celulite: o frio emagrece as pessoas.
 

7 – Aumenta a tonicidade muscular.
 

8 – Alivia a depressão e aumenta o bem-estar geral.
 

9 - Estimula a autoestima, a confiança em si e o entusiasmo.
 

10 – Ajuda a lutar contra a insônia.
 

11 – Favorece a regulação da temperatura corporal e regulariza a transpiração.
 

12 – Aumenta o ardor sexual.
 

13 - Aumenta o Metabolismo.
 

14 - Desperta o fogo interior, a força interior.

 

 

OS PERIGOS DO FRIO

 

Sem dúvida alguma, o frio pode matar uma pessoa, como por exemplo, alpinistas em dificuldade e moradores de rua, durante o inverno. O homem aprendeu a domesticar o fogo, a água e o sol, mas esses elementos continuam matando pessoas, se não forem usados de forma inteligente. Com o frio não é diferente, mas o homem pode se apropriar de suas virtudes e evitar os seus perigos.

 

Pois o frio tem poderes incríveis! Pode curar certas doenças, regenerar, rejuvenescer uma pessoa, revitalizar suas forças físicas e mentais, fazer renascer ou simplesmente desenvolver certas sensações e sentimentos como entusiasmo, autoconfiança, autoestima e pode, ainda, estimular o sistema imune protegendo as pessoas de muitas patologias.

 

Mas, então, por que as pessoas adoecem mais no inverno?

 

Primeiro, deve-se diferenciar a exposição involuntária da exposição voluntária ao frio.

 

Numa exposição involuntária, o sujeito sofre com frio pois não está no controle da situação e isso pode provocar uma diminuição do sistema imune. Tal situação é bem diferente da que acontece quando uma pessoa se expõe ao frio de forma voluntária e controlada.

 

Essa diferença é determinante e tem repercussões extremamente opostas sobre o organismo e a mente da pessoa.

 

O contexto cultural-médico-social é contra o frio

 

As crenças populares (e até de certas áreas médicas) dão a entender que o frio adoece as pessoas, que o frio é negativo para os indivíduos. Isso cria sentimentos extremamente ansiogênicos e prepara um ‘terreno’ mental e orgânico que favorece a aparição de eventuais patologias.

 

Eis um exemplo comum de crença popular negativa:

 

“Cuidado, você ficará doente se andar descalço no chão frio ou se ficar parado no vento”.

 

Entretanto, as únicas patologias causadas diretamente pelo frio são a hipotermia e as geladuras. E isso só acontece em caso de exposição prolongada ao frio extremo.

 

Não é o frio em si, mas os comportamentos inadequados das pessoas no inverno que favorecem a aparição de patologias.

 

 

O HOMEM E O FRIO – ALGUMAS GENERALIDADES

 

O ser humano é homeotermo, isto é, possui uma temperatura corporal constante.
 

A temperatura corporal normal de um ser humano fica por volta de 37°C.
 

É importante diferenciar a temperatura externa (da ‘casca’, da pele, da periferia) e a temperatura interna (dos órgãos profundos).
 

É a temperatura interna que determina a hipotermia.

 

É primordial saber que a duração dos exercícios de exposição voluntário ao frio, da forma como praticamos, não representa nenhum tipo de perigo, pois correspondem, no máximo, a uma baixa insignificante de temperatura interna, que nunca chega a caracterizar uma hipotermia, ficando sempre acima de 36 graus (A hipotermia começa a partir de 35° para baixo).

 

A temperatura externa é muito mais variável e pode descer brutalmente até 20°C (como, por exemplo, no contato com água fria), sem que isso seja um problema, exceto pela sensação desagradável de frio sentido pela pessoa. Reiterando: o que determina uma hipotermia é a temperatura interna do organismo.

 

 

HORMESE – AS FUNÇÕES ADAPTATIVAS

 

 

Hormese

 

Fenômeno pelo qual um organismo sujeitado a pequenas doses de estresse intermitente, irá se fortalecer por conta dos mecanismos de reação e preservação, numa resposta adaptativa à conservação da vida. Isso irá proporcionar consequências benéficas para o indivíduo, como, por exemplo, uma melhor qualidade de vida na longevidade.

 

As funções adaptativas

 

Em cada segundo da vida, através de fenômenos fisiológicos (físicos e químicos), o corpo precisa se adaptar às circunstâncias para manter-se na homeostasia (processo de regulação pelo qual um organismo mantém constante o seu equilíbrio).

 

O conforto trouxe muita segurança e satisfação para o ser humano, mas eliminou as situações naturais de adaptação às dificuldades e com isso, o ser humano se fragilizou orgânica e psicologicamente.

 

Com certeza, ultimamente, a expectativa de vida aumentou, mas isso é resultado dos avanços da medicina. Os seres humanos têm precisado cada vez mais de terapias e remédios para se manterem vivos. Um mal-estar psicológico e emocional se generalizou nas sociedades modernas. A exposição voluntária e controlada ao frio representa uma fonte extraordinária de processos adaptativos naturais e espontâneos.

 

Com a experiência da prática (memória fisiológica e psicológica), certos exercícios respiratórios e imagens mentais, o sujeito irá, progressivamente, conseguir ativar o sistema nervoso autônomo parassimpático, com o intuito de acalmar os processos fisiológicos e assim, poderá ficar mais tempo exposto ao frio.

 

Com certos exercícios de respiração (por exemplo: expiração prolongada e controlada), é possível ‘ativar’ o sistema parassimpático para contrabalançar os efeitos do simpático (eliminando assim, por exemplo, o desejo de fuga). Quanto mais o sujeito consegue ficar calmo, respirar tranquilamente abrindo a caixa torácica, mais a termorregulação natural do seu organismo será eficiente e assim, os mecanismos de adaptação poderão se expressar. Com isso, a pessoa aproveitará plenamente os benefícios da exposição ao frio.

 

O objetivo principal da 'exposição voluntária ao frio' é, sem dúvida, solicitar os mecanismos adaptativos e suas consequências benéficas para o organismo.

 

 

CIÊNCIA E MEDICINA

 

Nestas últimas décadas, os cientistas começaram a se interessar por este fenômeno, observando a saúde (muito acima do normal) de povos que tem tradição de se expor ao frio (norte da Europa, Rússia, Himalaia). Diversas experiências mostraram a pertinência de tais práticas.

 

A medicina assimilou as virtudes da exposição ao frio e denominou suas aplicações de ‘crioterapia’.

Cada vez mais, no mundo todo, atletas de alto nível usam a exposição ao frio para usufruir de seus efeitos anti-inflamatórios e para recuperar mais rapidamente suas energias.

 

PERDA de PESO
 

A repetição da exposição ao frio multiplica os processos de produção de calor pelo corpo, que por sua vez aumentam o metabolismo e a quantidade de mitocôndrias. Esse processo passa por uma transformação da gordura branca em gordura marrom. Para produzir calor, as gorduras marrons queimam calorias e isso aumenta a utilização das reservas de açúcar e gorduras.

 

De fato, banho gelado emagrece!

 

 

A EXPOSIÇÃO AO FRIO E O ESPORTE

 

O esporte de força e explosão causa um processo pró-inflamatório saudável, até uma hora depois da ação. Então, não é recomendado se expor ao frio durante esse período de uma hora, pois o frio iria anular esse processo que permite fazer mais massa muscular.

 

Para a prática de esportes de resistência, o frio é sempre benéfico, pois melhora as fibras musculares que permitem ter resistência.

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Essa disciplina não é esportiva: é meditativa.

As pessoas se apropriam do frio, domesticam o frio, para se fortalecer mental e fisicamente.

 

1 - O banho em água gelada

A pessoa não se joga na água, não se precipita, não coloca a cabeça por baixo da água.

Entra na água calmamente, mas sem hesitar e com determinação.

Depois fica parada, água até os ombros, respirando calmamente.

Pode até nadar se sente vontade, mas sempre calmamente.

 

2 - A caminhada, com menos roupa possível

É um contato real com a natureza, aproveitando as dificuldades que ela nos oferece, entrando em comunhão com os elementos ali encontrados (como por exemplo a neve e o vento), sempre com tranquilidade, sem jamais instalar um clima de competição ou de comparação, mas sim em confraternização e solidariedade.

O sucesso de um é uma vitória para todos.

 

3 - A meditação em exterior

De manhã, com menos roupa possível, sentado numa posição corrigida, em abertura, respirando profunda e calmamente, esperando o sol nascer para se impregnar das suas energias e incorporar o seu calor, confundir-se com os elementos naturais para encontrar a paz e a força que, na realidade, já estão dentro de nós.

 

É o grande despertar das faculdades mentais, emocionais e físicas.

É a abertura magistral para o mundo, em um desejo nobre de compartilhar, inspirado pela natureza e guiado pelas nossas próprias qualidades, que descobrimos na medida do avanço da nossa prática.

 

Da forma que é praticada no ocidente, é acessível para qualquer pessoa, do iniciante até o adepto mais adiantado.